PÓS-PESQUISA-3: Sem tungar poupança, Bolsonaro é menos aceito do que Collor
Bolsonaro tem, nos três primeiros meses de mandato, uma avaliação muito pior, por exemplo, do que a de Fernando Collor, que tomou posse no dia 15 de março de 1990 e confiscou a poupança dos brasileiros no dia seguinte. Ainda assim, apenas 19% o consideravam ruim ou péssimo nessa fase inicial, contra 30% que dizem o mesmo do atual presidente. O ex resistia com 36% de ótimo ou bom, contra 32% do atual mandatário. A comparação com os petistas, seus antípodas ideológicos, não é nada boa para o capitão reformado: Lula obteve em período semelhante 45% de ótimo/bom e só 10% de ruim/péssimo. Deixou o segundo mandato consagrado, como o chefe do Executivo mais bem avaliado da história. Dilma, na primeira jornada, ainda no vácuo da popularidade do antecessor, obteve números mais vistosos: 47% de ótimo/bom e só 7% de ruim/péssimo. Caiu no segundo ano do segundo mandato. Corolário: números bons podem se consolidar e até melhorar. Aconteceu com Lula. Podem despencar, e o governante ser apeado do poder: aconteceu com Dilma. Bolsonaro começa muito mal. Vai ser o quê? Tudo vai depender das escolhas que fizer. Razões para otimismo, até agora, não há.
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