Bolsonaro de olho em 2022? Explicado desprezo por reforma. Parlamentarismo!
"A pressão está forte para eu me candidatar".
A frase gloriosa é de Jair Bolsonaro.
Ele se refere, por incrível que pareça, a 2022.
Quem vê, como ele viu, a popularidade despencar em três meses; quem obtém, com ele obteve, o pior desempenho de um presidente da República nesse período, em primeiro mandato, desde a redemocratização; quem perde até para Collor, que tungou a poupança, a conversa sobre reeleição parece coisa de maluco.
E é.
Pressão de quem?
Este senhor não conseguiu, até agora, nem mesmo formar uma base no Congresso para aprovar medidas essenciais. E já está pensando em reeleição?
A única coisa decorosa a dizer sobre o assunto, mesmo que indagado a respeito, é dizer que não cumpriu ainda nem 7% do mandato.
De todo modo, a patacoada faz sentido para quem ainda não desceu do palanque — no caso, palanque eletrônico.
Deve ser pressão de seu público declinante na Internet.
Que coisa!
O presidente que diz essa estupidez é aquele que envia uma proposta de reforma da Previdência ao Congresso, mas que não quer se comprometer com ela, tentando jogar o peso da mudança nas costas do Parlamento para que ele, possa, então, cuidar desde já de sua campanha à reeleição.
Os senhores congressistas poderiam fazer um bem ao Brasil: cuidar desde já de uma emenda parlamentarista que ponha um ponto final a salvadores da pátria e a estadistas de chanchada do Twitter.