Barroso: de ex-esquerdista dos costumes a voz da extrema-direita populista

Barroso e a toga do chamado "Direito Esvoaçante". Exuberância contra o próprio tribunal
O Supremo Tribunal Federal já tem um corregedor. Chamara-se Roberto Barroso. E ele prefere exercer a sua atividade nos EUA. Leio na Folha o seguinte:
Em discurso forte durante palestra nos Estados Unidos, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso afirmou que a corte está sob ataque e vive um momento de descrédito porque, na percepção da sociedade, alguns de seus colegas atuam como obstáculo no combate à corrupção no Brasil.
Sem nominar nenhum dos outros dez magistrados que dividem com ele o plenário do STF, Barroso disse nesta quinta-feira (25) que há um sentimento em grande parte da sociedade de que o Supremo protege a elite corrupta do país e que, por isso, tem perdido confiança e credibilidade.
"A pergunta que me faço frequentemente é por que o STF está sob ataque, por que está sofrendo esse momento de descrédito. Bem, o que acho que está acontecendo é que há uma percepção em grande parte da sociedade e da imprensa brasileira de que o STF é um obstáculo na luta contra a corrupção no Brasil", disse o ministro durante palestra na Universidade de Columbia, em Nova York.
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Comento
Observem que o ministro põe, de um lado, ele próprio, a imprensa e a tal "grande parte da sociedade" e, do outro, os que não votam de acordo com os seus desígnios.
Barroso é a voz mais estridente da Lava Jato no Supremo e nunca deu um pio contra as agressões de que o tribunal tem sido vítima. Ao contrário. Ele, na verdade, justifica os ataques porque se considera imune às agressões.
Que tipo curioso!
Chegou ao tribunal incensado pelas esquerdas — especialmente os setores mais ligados à militância em favor da diversidade de costumes — e é hoje uma estrela reluzente nas páginas da extrema-direita populista.
Observem que ele mudou a sua ladainha. O Roberto Barroso da diversidade é agora a espada flamejante da moralidade.
Se um dia resolverem depredar o Supremo, convém não deixar o ministro perto de uma pedra.