BOLSONARO DEMITE MORO 3: O chefe fulmina pretensão presidencial de ex-juiz
Ora, Bolsonaro demitiu o ministro da Justiça, Sérgio Moro, com um ano e meio de antecedência. É o aviso prévio mais longo da história da República. Mas não fez só isso: deixou claro também que o agora ministro e então juiz fez um acordo espúrio, do ponto de vista político, para aceitar um lugar na Esplanada dos Ministérios. Até os gramados de Brasília, que logo estarão secos, sabem que Moro estava tentando mover as peças do jogo para se credenciar para a sucessão presidencial. Com a revelação do convite prévio, feito quando o homem que condenou Lula ainda era juiz, desmoraliza-se o discurso de Moro de que aceitava o cargo porque atribuía a si mesmo a missão de combater a corrupção e o crime organizado. Assim, a menos que o ministro, que ficou mudo depois da revelação feita pelo presidente, diga que seu chefe está mentindo, o cargo na Esplanada era só um "upgrade", com aspecto de prêmio por serviços prestados, para saltar para o Supremo. Enquanto a Lava Jato promovia uma razia na classe política, Moro administrava a própria carreira. Ocorre que seus primeiros movimentos no poder indicaram que estava pensando mais longe. Que STF que nada! Moro começou a olhar para a cadeira de Bolsonaro. Tanto o Supremo não era mais o seu objetivo que chegou a prometer a cadeira para o desembargador João Pedro Gebran Neto, o grande verdugo de Lula na TRF-4. Com a revelação, Bolsonaro também fulmina suas pretensões presidenciais.
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