GAME OF MADNESS 5: Filipe Martins, o “Rasputeen”, aprendeu com Daenerys?
Filipe Martins, aquele assessor dá Presidência que extrai lições de política de "Game of Thrones", escreveu anteontem uma série de 11 tuítes atacando a tal velha política. Fecha a sequência com um "Deus audaces sequitur" — Deus acompanha os audazes. O audaz, no caso, é Bolsonaro. Nem poderia ser diferente, diria o tal pastor congolês: afinal, o presidente do Brasil teria sido escolhido pelo Altíssimo. O rapazote, note-se, tem o apelido de "Rasputeen" mesmo entre bolsonaristas, numa alusão a Rasputin, o místico que ajudou a desgraçar a família imperial russa, e à sua relativa juventude: 30 anos. É um olavete alucinado. Escreveu também no Twitter:
"Diferentemente das vozes cínicas do establishment, o povo não aceita que joguem a ele algumas migalhas em troca de sua consciência, pois sabe que sacrificar sua honra e sua honestidade em troca de mais do mesmo é submeter-se à opção abjeta por tudo o que nos trouxe até aqui."
Ou ainda:
"Diferente das vozes cínicas do establishment, que tratam como fatal o toma-lá-dá-cá e louvam os que sabem operá-lo como políticos virtuosos, o homem comum sabe que votou em Bolsonaro para superar não apenas a crise econômica, mas também a crise moral que flagela nossa nação."
Sim, o alvo desse Rasputin pós-juvenil é o Congresso Nacional. E, como resta evidente, o tal assessor não pensa pela própria cabeça. É a voz de Olavo de Carvalho no Planalto.
Chegamos em casa ontem, eu e minha mulher, depois do fim de "Game of Thrones" — que não acompanhei. Minhas filhas e um genro assistiam ao último episódio. Perguntei: "E aí, a moça do Dragão ficou com tudo". Disseram-me que tinha morrido com uma facada desferida pelo amante. "Como assim?", perguntei. A resposta: "Daenerys Targaryen estava fissurada na guerra; não sabia fazer a paz". E eu: "Ah, tá… Acontece!"
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