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Reinaldo Azevedo

"Não vi nada de mais", diz Moro sobre troca de mensagens com Dallagnol

Reinaldo Azevedo

10/06/2019 14h04

O ministro Sergio Moro (Justiça) afirmou nesta segunda (10) em Manaus que não viu "nada de mais" nas mensagens que ele trocou com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba.

"Na verdade, eu me manifestei ontem [domingo], não vi nada de mais nas mensagens. Havia uma invasão criminosa de celulares de procuradores, pra mim isso é um fato bastante grave ter havido essa invasão e essa divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito a minha pessoa, eu não vi nada de mais."

O conteúdo foi divulgado neste domingo (9) pelo site Intercept Brasil e mostra que os dois trocavam colaborações quando integravam a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Moro, que hoje é ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), foi o juiz responsável pela operação em Curitiba. Ele deixou a função ao aceitar o convite do presidente, em novembro, após a eleição.

Questionado nesta segunda-feira se orientou o Ministério Público Federal durante a Lava Jato, Moro disse: "Não tem nenhuma orientação ali. Aquelas, eu nem posso dizer que são autênticas, porque são coisas que aconteceram, se aconteceram, anos atrás. Não tenho mais essas mensagens, não guardo mais registro disso".

Sobre trecho vazado em que o então juiz reclama de um longo tempo sem operações, o ministro de Bolsonaro disse: "Já falei aqui que eu só vou responder questões sobre Manaus e o Amazonas. Aí basta ler o que se tem lá e verificar que o fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores".

"Se houve alguma coisa nesse sentido, são operações que já haviam sido autorizadas. É uma questão de logística, às vezes coincide com a polícia fazer, como fazer. Isso é absolutamente normal."(…)

Por Fabiano Maisonnave, na Folha.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.