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Reinaldo Azevedo

Marcelo Coelho: “Cai a máscara de Moro e companhia”

Reinaldo Azevedo

12/06/2019 05h51

Leiam trecho de coluna publicada na Folha:
Talvez não exista ministro do Supremo com maior impopularidade do que Gilmar Mendes. Mas toda sua feroz oposição à célebre "República de Curitiba" se vê justificada com as revelações do site The Intercept Brasil, dando conta das relações particulares entre Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, e a equipe de procuradores encarregada do caso.

Trata-se de um escândalo total. Imagine se um juiz conversasse com os advogados de Aécio Neves, de Eduardo Cunha ou de Roberto Jefferson, cobrando iniciativas, discutindo estratégias, antecipando suas decisões, repassando o nome de informantes e possíveis testemunhas.

Não é que sua imparcialidade estaria sob suspeita. Estaria absolutamente claro, isso sim, que esse juiz não tinha imparcialidade nenhuma.

Continuo a achar que as operações e sentenças de Curitiba foram corretas no que diz respeito ao essencial: as vantagens obtidas por Lula e seus aliados junto a empreiteiras, em troca de favorecimentos em contratos públicos, foram claríssimas e estão comprovadas.

Mas a cumplicidade entre juiz e acusadores teria, a meu ver, potencial para anular tudo o que se fez para combater a corrupção do grupo. É um desastre.

Já bastava a notícia de que os advogados de Lula tinham seus telefones monitorados. Já era espantoso aquele Power Point dos procuradores apontando flechinhas para o nome de Lula. Foi de doer (e na época não me importei muito) o vazamento voluntário da conversa entre Dilma e Lula quando se cogitava da nomeação deste último para uma pasta ministerial, de modo a livrá-lo das ações de Moro.

Exageros, irregularidades, deslizes… Era o que eu pensava.
(…)
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.