MORO NO SENADO 4: Mandados de busca e apreensão para excitar a plateia

Em outro trecho dos diálogos divulgados nesta terça pelo site The Intercept Brasil, procuradores especulam sobre a conveniência de desferir, ao mesmo tempo, mandados de busca e apreensão na LILS, empresa de palestras de Lula, no Instituto Lula e no Instituo FHC, já que havia doação do grupo Odebrecht à entidade criada pelo tucano. Mais uma vez, havia a preocupação de passar à opinião pública a imagem de imparcialidade. Desistiram da ideia porque não dispunham de indícios de que a doação da Odebrecht ao iFHC constituísse uma relação viciosa de troca — vale dizer: corrupção. Assim, ponderaram os valentes, os dois entes ligados a Lula poderiam se beneficiar da inexistência de provas contra FHC. Só por isso a maluquice não foi adiante. Vejam como a sorte das pessoas era decidida:
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC [Procedimento Investigatório Criminal], BA [busca e apreensão] e depois denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral

Como se nota, os procuradores estão empenhados não exatamente em investigar, mas em criar uma narrativa. E, como se nota, sobre a sugestão de Dallagnol que toda doação de campanha era, no fundo uma espécie de fraude. É nas mãos dessa gente que está o país.
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