Investigação sobre vazamento de delação da Odebrecht está empacada
A Polícia Federal informou na semana passada ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que apenas dois ofícios burocráticos foram expedidos até agora no inquérito aberto há nove meses para investigar o vazamento de informações da delação da Odebrecht na Venezuela. Não houve diligências nem oitiva de testemunhas.
O vazamento foi ilegal e colocou em risco delatores e advogados naquele país.
No Brasil, as informações eram de conhecimento de poucas autoridades, como os procuradores da Lava Jato e o juiz Sergio Moro.
Em 2017, quando os dados sigilosos vieram a público, a Odebrecht apresentou notícia-crime a Fachin —que passou o caso à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Nada andou e, em março deste ano, a Odebrecht voltou a provocar o Supremo.
A procuradora-geral, Raquel Dodge, informou então a Fachin que um inquérito sigiloso foi aberto em 2018 para investigar o caso.
Já a PF, também questionada, disse a Fachin que, até agora, dois ofícios foram despachados —um ao STF e outro à PGR—para comunicar que a investigação havia começado. E nada mais.(…)
Leia a íntegra da coluna da Mônica Bergamo na Folha.