Três versões para a licença de Moro. A mais exótica: “reenergizar o corpo”
Ninguém entendeu direito, e eu também não. O ministro da Justiça, Sergio Moro, vai ficar uma semana afastado da pasta.
Versão do Diário Oficial: ele se afasta entre os dias 15 e 19 para "tratar de assuntos particulares".
Versão do Ministério da Justiça: ele gozará de um período de férias — depois de seis meses apenas à frente do Ministério da Justiça. Será uma licença não-remunerada.
Versão do porta-voz da Presidência, Rêgo Barros: "Trabalhar, trabalhar, trabalhar é importante. Mas descansar também faz parte do contexto de reenergizar o nosso corpo para prosseguirmos no combate".
Reernegizar o corpo?
Pois é… Não é por falta, como diria o poeta, de visitar "longes terras" que o ministro estaria sem energia. Em meio ano de governo, já viajou três vezes aos EUA — na última, chegou ao país no dia 22 do mês passado. E parte de sua agenda era secreta. Em maio, visitou Portugal outras duas vezes em menos de um mês.
Todo mundo torce por uma legislação trabalhista como a que privilegia Moro, né?
Em benefício do governo que integra, o ministro deveria demitir-se enquanto é cedo. E Jair Bolsonaro e seus auxiliares — viu, general Heleno?… — teriam de torcer por isso.
Por enquanto, o "escândalo Moro" corre em separado do governo porque diz respeito a suas peripécias quando juiz. Mas tudo vai depender da determinação com que a gestão Bolsonaro vai se amarrar àquele que, segundo Heleno, é o Batman contra o Coringa.