COLUNA NA FOLHA: Operação Uruguai-Tabajara revela hackers de instituições
Qual é o resultado de uma nova Operação Uruguai executada pelas Organizações Tabajara? A prisão de quatro hackers que teriam invadido os celulares de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e de mais uma penca de autoridades e entregado o conteúdo ao site The Intercept Brasil.
Estão querendo usar hackers de celulares para proteger hackers de instituições. Não vai funcionar.
Os mais jovens devem pesquisar. A "Operação Uruguai" foi uma trapalhada em que Fernando Collor e aliados se meteram para tentar impedir o impeachment. Deu errado. As Organizações Tabajara são uma criação da turma do "Casseta & Planeta". Vendiam o impossível com notável incompetência.
Saber se os presos de agora são ou não a fonte anônima que entregou o material ao The Intercept Brasil é de uma irrelevância danada no que concerne à Lava Jato e ao devido processo legal.
Não serei eu aqui a dizer que um ex-DJ ou um ex-motorista de Uber que faz curso de eletricista não possam montar uma terrível organização criminosa para hackear autoridades e abalar a República. A Polícia Federal está aí para investigar.
Recomendo apenas cuidado com o ridículo histórico. Depois de o tal "Pavão Misterioso" ter inventando a "Conspiração Russa", que alimentou a imaginação de idiotas e serviu à narrativa de pilantras, cumpre que a PF não estimule as fantasias dos hackers de "Araraquarovski e Ribeirão Pretogrado".
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Moro e Deltan, de todo modo, sempre me comovem. Os vazamentos ilegais ao longo de cinco anos da Lava Jato eram só "liberdade de imprensa". Os de agora, qualquer que seja a origem, são crimes em favor de corruptos.
Entendo. No mundo ideal dessa dupla, há os que vazam e são enforcados e os que vazam e enforcam. Faço plágio assumido de Padre Vieira. Eu não tenho nem crimes nem criminosos de estimação.
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