Bolsonaro não tira mais o cocô da boca. Gostou da nova categoria política
"Nós vamos acabar com o cocô no Brasil: o cocô é essa raça de corrupto e comunista. Nas próximas eleições, nós vamos varrer essa turma vermelha do Brasil. Já que, na Venezuela tá bom, vamos mandar essa cambada pra lá. Quem quiser um pouquinho mais para o Norte, vai até Cuba. Lá deve ser muito bom também."
Esse é Jair Bolsonaro em discurso improvisado no aeroporto de Parnaíba, no Piauí, onde esteve para visitar obras de irrigação e para inaugurar uma escola militar do SESC, que ainda não está pronta, que pode levar o seu nome.
O batismo acabou numa ação judicial porque a lei proíbe que se dê nome de pessoas vivas a empreendimentos públicos. O argumento dos que defendem a iniciativa é que o SESC pertence à iniciativa privada. Ocorre que o terreno pertencia ao município. Para tentar legalizar a homenagem, a Câmara Municipal doou o terreno ao SESC em sessão relâmpago. Mas a questão continua sub judice.
O presidente voltou a atacar os governadores da região: "Quando a gente vê agora pelo Brasil alguns governadores querendo separar o Nordeste do Brasil, esses cabras estão no caminho errado. O caminho do Brasil é um só: um só povo, uma só raça, uma só bandeira verde e amarela".
Se alguém souber de algum governador que quer separar o Nordeste do Brasil, peço o favor de enviar a denúncia ao blog.
Também voltou a fazer o que deve considerar graça com o tamanho da cabeça dos nordestinos: "Não tenho cabeça grande, mas sou cabra da peste". Os presentes gritaram "mito, mito!".
Que tipo de político no mundo associa adversários a excrementos e anuncia que pretende exterminá-los?
Agora ele não tira mais o cocô da boca. Gostou dessa nova categoria política.