Além de Moro, outros ministérios dizem que orçamento de 2020 é insuficiente
Às vésperas do envio da proposta de Orçamento de 2020 ao Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu alertas de ministérios de que os recursos previstos para o ano que vem são insuficientes e podem comprometer compra de livros escolares, pagamentos de bolsas de estudos e entrega gratuita de medicamentos, entre outros serviços.
Nesta semana, a queixa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre o Orçamento do próximo ano escancarou a preocupação de membros do governo.
Assim como Moro, outros ministros relatam cenário dramático caso sejam confirmados os níveis previstos para os chamados gastos discricionárias (aqueles que são tradicionalmente contingenciados e que incluem custeio da máquina e investimentos).
A preocupação está registrada em documentos obtidos pelo Estado e são respostas ao limite de gastos anunciado pela equipe econômica para cada órgão. O governo tem até esta sexta-feira, dia 30, para enviar o Orçamento de 2020 ao Congresso.
Educação
A carta mais longa é assinada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que pede aumento de R$ 9,8 bilhões em verbas previstas para despesas discricionárias (aquelas que não são obrigatórias, como pagamento de servidores e aposentados), para atingir a soma de R$ 26 bilhões.
O ministro mostra preocupação com temas caros ao governo Bolsonaro, como ampliação do número de escolas cívico-militares. Ainda afirma que há risco de "recepção desfavorável na sociedade em geral e na imprensa" se forem suspensas bolsas de estudo no País e exterior.
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