Procuradores protestam e discutem boicote a cargos em futura gestão da PGR
Em referência a Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro (PSL) para a PGR (Procuradoria-Geral da República) por fora da lista tríplice, procuradores disseram nesta segunda-feira (9), em atos pelo país, que não aceitarão um procurador-geral que seja identificado com o Poder Executivo.
Entre as propostas contra Aras, integrantes do Ministério Público Federal têm discutido fazer um boicote aos cargos caso o indicado tenha seu nome referendado pelo Senado.
"Há uma mobilização, proposta pela associação de procuradores, com a possibilidade de que nenhum procurador, de qualquer instância, assuma cargos na atual gestão uma vez que ela não se submeteu ao processo democrático de escolha", disse Thiago Lacerda Nobre, procurador-chefe do MPF em São Paulo, no protesto da capital paulista.
Ele é integrante e ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato paulista. Outros membros do grupo também participaram do ato de SP, além de responsáveis por grandes operações do estado, como a Descarte, que prendeu suspeitos de operar repasses a políticos.
Pela Constituição Federal, Bolsonaro não é obrigado a indicar um dos nomes da lista tríplice, mas essa tem sido a tradição desde 2003.(…)
Na Folha.Comento mais tarde.