Em resposta à ação da PF, senadores cancelam votação e vão ao STF
Em resposta à operação da Polícia Federal como alvo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), na semana passada, líderes da Casa decidiram cancelar a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta terça-feira, 24, que votaria a nova versão do relatório da reforma da Previdência. No mesmo horário, um grupo de senadores vai até o Supremo Tribunal Federal para se reunir com o ministro Dias Toffoli, presidente da Corte. A articulação pela derrubada da reunião foi antecipada pelo Broadcast Político.
A cúpula do Senado considerou a ação da PF como "abuso de autoridade". O encontro com Toffoli tem como objetivo pedir a suspensão da liminar, do ministro Luís Roberto Barroso, que autorizou a busca e apreensão em gabinetes de Bezerra e seu filho, o deputado Fernando Filho (DEM-PE). Os dois são suspeitos de ter recebido R$ 5,538 milhões em propina. Eles negam irregularidades.
A ação abriu uma crise entre o Senado e o STF. "Houve uma usurpação de competência", disse o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA).
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), contestou a operação, pois, na época dos fatos investigados, Bezerra não tinha mandato de senador. A Procuradoria-Geral da República havia se manifestado contrária a essa medida, solicitada pela PF. (…)
No Estadão.