Recuo do golpista Eduardo Bolsonaro não vale nota de R$ 3
"Talvez eu tenha sido um pouco infeliz ao ter citado o AI-5. Se eu pudesse voltar atrás, não teria falado no AI-5 porque acabei dando munição para a oposição ficar me metralhando. De maneira nenhuma eu cogitei naquele momento retornar ao AI-5. Estava falando do que ocorreu no Chile e que pode vir ao Brasil".
Esse é o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em participação no "Programa do Ratinho", do SBT, que foi ao ar nesta sexta. A atração foi gravada na quinta.
Como a gente vê, esse gênio da raça tem dúvidas se foi mesmo infeliz. "Talvez", diz ele.
Em entrevista concedida a canal da Internet, ele havia afirmado:
"Se a esquerda radicalizar a esse ponto [como os protestos violentos no Chile], a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália".
É o que ele chama de "não cogitar" sobre a volta do AI-5.
Sabem como é, pessoas de convicção como Eduardo não pedem desculpas plenamente, não é?
E ele continua a falar bobagens sobre o Chile. Segundo diz, os protestos fazem parte de uma articulação de esquerda para desestabilizar o governo. Acha que, no Brasil, é preciso "abrir os olhos da população".
E, como se nota, ele admite a possibilidade de ter errado, mas apenas porque deu "munição à oposição".
Não fosse isso, tudo indica, ele não vê nada de errado no conteúdo.
O recuo não vale uma nota de R$ 3.