Presidente da Funarte é exonerado; credita homenagem à atriz como causa
O pianista Miguel Angelo Oronoz Proença disse nesta segunda-feira, 4, que defender a atriz Fernanda Montenegro foi determinante para a sua exoneração da presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Proença prometeu um concerto em homenagem à atriz após, no final de setembro, o diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, Roberto Alvim, chamá-la de "intocável" e "mentirosa" em publicação nas redes sociais.
Miguel Proença assumiu a diretoria da Funarte em fevereiro Foto: Vania Laranjeira
"Irritou profundamente (defender a atriz). A pessoa devia estar contrariada com ela. Não sei o porquê. Fui um dos primeiros a me manifestar. Não pensei em política, pensei em mandar um abraço a uma amiga", disse Proença, sem citar Alvim.
"O que fazer com pessoas que não entendem esse relacionamento com outros artistas e querem impor uma maneira de salvar o mundo através só dá religião? Minha religião é agradar o público", afirmou o pianista.
Proença conta ter sido surpreendido pela exoneração, publicada nesta segunda, 4, no Diário Oficial da União. Ele afirmou estranhar que o ato tenha sido assinado por Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, em vez de Osmar Terra, da Cidadania, área responsável pela gestão da cultura. (…)
Por Mateus Vargas, no Estadão.