Não há prova que ligue sítio à Petrobras. Ou: Lula não sabe cobrar propina?
Há provas, sim, de que o sítio recebeu benefícios de empreiteiras. Há evidências de que Lula e sua família eram frequentadores habituais do local, mas atenção!: não há nenhuma prova que ligue os recursos empregados na reforma do sítio a contratos que as empreiteiras mantinham com a Petrobras. Até porque, na soma, a Odebrecht, a OAS e a Shahin teriam desembolsado R$ 1 milhão! Só para lembrar: a reforma do tal apartamento teria ficado em R$ 1,1 milhão.
Será mesmo que esses valores seriam uma fração, paga a título de propina ao ex-presidente, para que contratos bilionários fossem mantidos com a estatal? Há uma proporção nas coisas. Respondam vocês mesmos. Tanto o caso do sítio como o do apartamento de Guarujá não deveriam ter passado pela 13ª Vara Federal de Curitiba, para onde seguiam as investigações que diziam respeito à Petrobras.
Pelo visto, Lula teria organizado, segundo o MPF, o maior esquema de corrupção da Terra, mas era fraquinho na hora de cobrar propina. Lembram-se do Powerpoint de Deltan Dallagnol? O petista estaria no centro de uma organização formidável. Mas na hora de receber o capilé, no entanto, era modesto… Isso deveria servir para caracterizar o ridículo. Mas, por óbvio, não serve porque, neste longo inverno, a Justiça se tornou um braço da política.
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