MINHA COLUNA NA FOLHA: Mataram o sono de Bolsonaro Macbeth
O presidente Jair Bolsonaro dorme mal. E isso o leva a refletir diante do espelho: "Será que termino o mandato?". Em outras circunstâncias, mais pessimistas, a imagem refletida lhe diz: "Você não termina o mandato". E a prefiguração que lhe tira o sono não está relacionada ao eventual sucesso ou insucesso da política econômica de Paulo AI-5 Guedes.
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Como que do nada, o chefe fez o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, passar o constrangimento de levar ao Congresso um projeto de lei —mais um!— que institui a excludente de ilicitude. Nesse caso, para as operações de Garantia da Lei e da Ordem. Azevedo e Silva afrontava, a contragosto, a memória do Exército, da República e até do bom senso.
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Como Macbeth, o presidente recita, a seu modo, no palácio: "Pensei ouvir uma voz a gritar: 'Não durma mais!/ Macbeth matou o sono!', o sono inocente,/ Sono que deslinda a tessitura das preocupações,/ Morte de cada dia vivido, banho das chagas da labuta,/ Bálsamo da alma dolente, prato principal da natureza,/ Alimento maior na festa da vida"
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