BATTISTI 5: Governo Bolsonaro tenta pegar carona no caso, mas é malsucedido; presidente não consegue ser o que venceu o facínora
O governo de Jair Bolsonaro tentou pegar carona na prisão de Cesare Battisti. Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), chegou a anunciar que o terrorista seria enviado ao Brasil para, então, ser extraditado para a Itália. Não havia nenhuma razão técnica ou jurídica para que isso acontecesse. Tratava-se apenas de exibir um troféu. Bolsonaro apareceria na fotografia com Battisti nos dentes. Para os mistificadores das redes sociais, no entanto, bastaria: ali estaria o homem que venceu o facínora. Não rolou desse modo. De resto, há duas considerações a fazer: 1) em matéria de populismo barato, fica difícil competir com o governo italiano, que não quis dividir o peixe com Bolsonaro; 2) o governo da Itália temeu alguma, digamos, "surpresa" judicial por aqui. Ao contrário do que supõem alguns, a reputação de Banânia, a pátria amada, no quesito "segurança jurídica", não anda lá essas coisas mundo afora. O governo de Evo Morales facilitou as coisas para os italianos: como Battisti havia entrado ilegalmente na Bolívia, bastava a expulsão. Para onde? Ora, para a Itália.
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