BOLSONARO CONTRA O AGRONEGÓCIO 4: Fala sobre Irã é coisa de adolescente que joga “War”, não política externa; é o que Mourão chama orelhada
Destaco de saída o pensamento mágico. Caso sobreviesse um boicote de países árabes, ainda que parcial, às importações brasileira, isso seria, nas palavras do deputado, "suprido" de que maneira? Para lembrar uma entrevista concedida pelo general Hamílton Mourão, vice-presidente eleito, coisas dessa importância não podem ser ditas "de orelhada". Imaginar que o Brasil poderia, sei lá, apoiar medidas hostis ao Irã, de maioria xiita, para agradar os sunitas e, assim, amenizar uma eventual retaliação de países árabes em decorrência da mudança da embaixada é delírio de adolescente que joga "War", não uma escolha de política externa. Não só tal opção poderia significar um atentado contra os interesses comerciais do Brasil como poderia servir, e para isto também alertou Mourão, para atrair para o nosso país tensões que remetem a um conflito no Oriente Médio do qual temos conseguido ficar prudentemente distantes — e isso inclui o terrorismo.
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