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Reinaldo Azevedo

BOLSONARO CONTRA OS MILITARES 7: Médici deu início à relação com africanos em luta anticolonialista; Geisel consolidou o “Pragmatismo Ecumênico Responsável”, e Figueiredo o consolidou. O eleito manda tudo pelos ares

Reinaldo Azevedo

17/12/2018 08h20

Em plena ditadura militar, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer, em 1975, a independência de Angola e estabeleceu diálogo com Moçambique, que se libertara de Portugal no mesmo ano. Já havia instalado uma embaixada na Guiné-Bissau em 1974. Eram regimes de esquerda.

Quem deu início à aproximação com os países africanos foi o chanceler Gibson Barbosa, no governo Médici, levando adiante a chamada política do "interesse nacional", que teve continuidade, na gestão Geisel, com Azeredo da Silveira. E se consolidou com Saraiva Guerreiro, no governo Figueiredo. Foi durante a gestão de Geisel que se deu um nome para essa atuação: "Pragmatismo Ecumênico Responsável".

Tudo indica que, na política externa, Bolsonaro não quer ser ecumênico.

Nem responsável.

É curioso. Ele não conseguiu aprender o que havia de bom no regime militar. Quando canta as suas glórias, só se refere às coisas ruins.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.