BOLSONARO CONTRA OS MILITARES 7: Médici deu início à relação com africanos em luta anticolonialista; Geisel consolidou o “Pragmatismo Ecumênico Responsável”, e Figueiredo o consolidou. O eleito manda tudo pelos ares
Em plena ditadura militar, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer, em 1975, a independência de Angola e estabeleceu diálogo com Moçambique, que se libertara de Portugal no mesmo ano. Já havia instalado uma embaixada na Guiné-Bissau em 1974. Eram regimes de esquerda.
Quem deu início à aproximação com os países africanos foi o chanceler Gibson Barbosa, no governo Médici, levando adiante a chamada política do "interesse nacional", que teve continuidade, na gestão Geisel, com Azeredo da Silveira. E se consolidou com Saraiva Guerreiro, no governo Figueiredo. Foi durante a gestão de Geisel que se deu um nome para essa atuação: "Pragmatismo Ecumênico Responsável".
Tudo indica que, na política externa, Bolsonaro não quer ser ecumênico.
Nem responsável.
É curioso. Ele não conseguiu aprender o que havia de bom no regime militar. Quando canta as suas glórias, só se refere às coisas ruins.