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Reinaldo Azevedo

Cármen e os planos de saúde 2: quem disse que vida e morte não podem ser negócio? Podem! A menos que se criem a Vidabras e a Mortebras...

Reinaldo Azevedo

16/07/2018 15h31

Claro que a vida não se resume ao negócio, mas um seguro-saúde ou plano fazem, sim, negócio com a vida, assim como a compra e a venda de campas fazem negócio com a morte. E não há nada de errado nisso. A menos que a doutora entenda que esses domínios da experiência humana devam estar exclusivamente sob a guarda do Estado, razão, então, para se criar a "Vidabras" e a "Mortebras", contratando alguns milhares de funcionários públicos com estabilidade para cuidar do assunto. O que lhes parece? Na perspectiva da economia de mercado, a saúde pode, sim, ser mercadoria, o que não quer dizer que a relação entre as partes não deva ser pautada por uma ética. Vejam o caso de Cármen Lúcia: só se tornou ministra do Supremo em razão do mercado da política. Indicar uma mulher, qualquer que fosse — e deu em Cármen — fazia parte da lojinha de badulaques ideológicos de Lula. Vida é mercado, Cármen Lúcia, embora não se esgote nele.

A doutora pratica ainda outra frase estupenda: "A confiança em todo o sistema não pode ser diminuída ou eliminada por normas cuja correção formal é passível de questionamento judicial". Como é? E quando uma decisão qualquer não é passível de questionamento judicial? A ser assim, o STF há de se meter até na correção do preço do tomate na feira…

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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.