Cármen e os planos de saúde 2: quem disse que vida e morte não podem ser negócio? Podem! A menos que se criem a Vidabras e a Mortebras...
Claro que a vida não se resume ao negócio, mas um seguro-saúde ou plano fazem, sim, negócio com a vida, assim como a compra e a venda de campas fazem negócio com a morte. E não há nada de errado nisso. A menos que a doutora entenda que esses domínios da experiência humana devam estar exclusivamente sob a guarda do Estado, razão, então, para se criar a "Vidabras" e a "Mortebras", contratando alguns milhares de funcionários públicos com estabilidade para cuidar do assunto. O que lhes parece? Na perspectiva da economia de mercado, a saúde pode, sim, ser mercadoria, o que não quer dizer que a relação entre as partes não deva ser pautada por uma ética. Vejam o caso de Cármen Lúcia: só se tornou ministra do Supremo em razão do mercado da política. Indicar uma mulher, qualquer que fosse — e deu em Cármen — fazia parte da lojinha de badulaques ideológicos de Lula. Vida é mercado, Cármen Lúcia, embora não se esgote nele.
A doutora pratica ainda outra frase estupenda: "A confiança em todo o sistema não pode ser diminuída ou eliminada por normas cuja correção formal é passível de questionamento judicial". Como é? E quando uma decisão qualquer não é passível de questionamento judicial? A ser assim, o STF há de se meter até na correção do preço do tomate na feira…
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