DEMITAM O SALLES 3: Menos Estado na fiscalização e regulamentação do meio ambiente não é coisa “de direita”. Trata-se de um burrice de incompetentes
O que aconteceu em Brumadinho não é nem de esquerda nem de direita, meu senhor! Trata-se apenas do tradicional descuido com questões humanas e ambientais e da prevalência, de forma burra, do interesse econômico sobre qualquer outro valor. Sim, sem pão, não há circo. Sem empresa, não há trabalho e não há desenvolvimento. Mas é evidente que essas coisas não podem ser vividas como uma contradição.
A questão em curso é muito mais grave. Estamos falando, na verdade, de um método de armazenamento de rejeitos que, em si, é um risco: o tal alteamento a montante. Mudar esse padrão tem um custo incalculável. Logo, a primeira questão relevante é, na verdade, retirar as pessoas da rota de eventuais rompimentos. Como se fará? O político, no entanto, está interessado em usar 58 mortos comprovados e quase 300 desaparecidos para fazer proselitismo ideológico.
Esquerda uma ova! Direita uma ova! O desastre aconteceu porque não se tomaram as devidas providências para que não acontecesse — e elas vão bem além da fiscalização. É um modo de fazer as coisas que está em questão. De resto, Salles é que é o arauto de menos Estado no meio ambiente. E, como se vê, isso nem de direita consegue ser. É apenas burro.