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Reinaldo Azevedo

É compreensível que Bolsonaro queira Moro no governo; com o ar de sempre de Super-Homem, o juiz se vê como uma garantia de democracia

Reinaldo Azevedo

30/10/2018 08h12

O convite a Sérgio Moro não surpreende ninguém. Quem acompanhou algumas falas do juiz e a ativa militância de sua mulher, Rosangela, uma espécie de sua porta-voz nas redes sociais, constatou o entusiasmo com a candidatura de Jair Bolsonaro. Vamos ver. Entendo e acho compreensíveis todas as razões que levam o presidente eleito a agir assim. Afinal, um dos pilares de sua gestão é o combate à corrupção. E Moro é, aos olhos de muita gente, o símbolo por excelência desse enfrentamento, certo? Tê-lo no governo seria como um atestado antecipado de retidão. É como se uma pergunta de resposta certa fosse feita e respondida: "Quem se atreveria a fazer algo de errado se 'o homem' está aí?" Moro já teria dito que não descarta o convite. Com as características de sempre de um Super-Homem, acredita que sua presença eliminaria qualquer suspeita de que o governo se entregaria a algum arroubo autoritário.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.