Esta é a eleição da Lava Jato: o país que sair daí será aquele feito por Moro, Deltan, Janot e outros. Pouco importa quem se sagre vitorioso
Essa é a eleição da Lava Jato. Esse país que sai das urnas é o de Sérgio Moro, de Deltan Dallagnol, de Carlos Fernando, de Rodrigo Janot e companhia. De saída, pode-se dizer: tudo o que der muito certo e sair nos conformes, sejam gratos aos bravos rapazes. E também lhes atribuam o que pode eventualmente dar errado. O PT se apegou à figura de Lula, voltou-se para as conquistas dos seus oito anos de governo, apelou aos pobres que efetivamente comeram melhor durante a sua gestão e conseguiu resistir. Reelegeu no primeiro turno os governadores da Bahia, do Ceará e do Piauí. É aliado de outros governadores já vitoriosos no Nordeste: em Alagoas, Renan Filho (MDB); no Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); na Paraíba, João Azevêdo (PSB); em Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). A bancada petista no Senado cai de nove para seis. Ocorre que ninguém, exceto o MDB, terá muito mais do que isso. Ainda assim, a bancada dessa legenda cai de 18 para 12. Haverá 21 partidos representados na Casa. Sim, pode-se pensar: fica mais fácil dividir para governar. Dá para ver por outro ângulo; fica mais difícil unir para governar.
