Haddad, do PT, precisa chamar pobre de “pobre”, não de “mais vulnerável”, e de “escola” as tais “oportunidades educacionais”. Ou vira javanês
Quem primeiro concedeu a entrevista, por sorteio, foi Haddad. Na sua fala livre, agradeceu aos eleitores e afirmou a existência de "dois projetos". Disse: "Nós, do lado da social-democracia, do estado de bem-estar social"… Pregou também a ampliação das "oportunidades educacionais", maior efetividade do "poder público", com "inclusão social", em benefício dos "mais vulneráveis". Algo de errado nessas coisas todas? Acho que até o adversário, Bolsonaro, concordaria com o conjunto da obra. Tenho para mim que Haddad precisa chamar pobres de "pobres", em vez de "mais vulneráveis". O "poder público" é, na sua fala ao menos, sinônimo de "governo", e "oportunidades educacionais" quer dizer "escola". A fala do petista ainda tem um certo acento de javanês para partes consideráveis do eleitorado. Educado, cordato, amigável, mas talvez muito professoral.
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