Ibope 3: Haddad bate Bolsonaro por 46% a 29% entre as mulheres; por 60% a 23% no Nordeste e 57% a 22% entre os mais pobres
Alguns embates passados e declarações infelizes parecem cobrar seu preço. Entre as mulheres, Haddad bate Bolsonaro por 46% a 29%; entre os homens, o candidato do PSL venceria por 46% a 40%; na faixa até um salário mínimo, o petista ganharia do adversário por 57% a 22%. O militar reformado supera o ex-prefeito de São Paulo na Região Sul por 43% a 34%, mas, no Nordeste, a vantagem se inverte, mas com distância gigantesca: o petista vence por 60% a 23%. Na região com o maior número de eleitores, a Sudeste, o peesselista está à frente: 42% a 37%.
Esses números deveriam servir a Bolsonaro como mapa do caminho para tentar recuperar prestigio. Nessas horas, os aliados podem provocar estragos iguais ou até piores do que os adversários. Bolsonaristas a cantar, como ocorreu no domingo, em Recife, que feministas devem comer "ração na tigela" e que mulheres de esquerda "têm mais pelos que as cadelas" não parece ajudar a atrair o voto feminino. Da mesma sorte, não colabora o general Mourão, o vice, quando diz que lares liderados por mulheres são fábricas de desajustados. Elas comandam mais de 28 milhões de famílias no país.
Sim, pesquisa é foto em movimento. O movimento, neste momento, se dá contra Bolsonaro. Ele tem uma de duas escolhas: insistir nos erros ou corrigi-los. O eleitor responderá nas urnas.