Mais uma vez, Marina tem a chance de dizer o que quer e escapa pela tangente. Parece ter um compromisso só com a obscuridade palavrosa
Marina Silva (Rede) não é da turma do rompimento com a ordem. Para o setor financeiro, por exemplo, ela só não promete amor verdadeiro, para lembrar Nelson Rodrigues. Mas acena com a independência da Banco Central. Não é uma liderança em construção. Já está construída. E, no entanto, mais uma vez, não conseguiu deixar claro o que pensa e o que quer para o Brasil. Leio na Folha:
"Sem fazer detalhamentos, Marina prometeu à plateia de empresários fazer a lição de casa e diminuir o gasto público para que o governo recupere a capacidade de investimento. Ela listou como prioridades as reformas tributária e da Previdência. Defendeu ainda uma parceria entre o poder público e o privado e afirmou que não se deve falar em estado máximo ou mínimo, mas sim no necessário."
A verdade é que Marina nunca detalha nada. Parece que sua missão de vida é expedir sentenças morais sobre o trabalho alheio.
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