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Reinaldo Azevedo

No discurso em que admite derrota, petista fala em respeito às instituições; quem se opõe e quem governa tem de seguir regras do jogo

Reinaldo Azevedo

29/10/2018 06h46

No discurso em que admite a derrota, Haddad chegou a carregar um tantinho nas tintas dramáticas, lembrando o Hino Nacional, em que se diz que não "teme quem adora a liberdade a própria morte"… Em princípio, parece haver aí certo exagero. O que interessa é outra coisa. Afirmou o petista: "Nós temos uma longa trajetória de militância, de vida pública, nós reconhecemos a cidadania em cada brasileiro, em cada brasileira, e nós não vamos deixar esse país pra trás. Nós vamos colocá-lo acima de tudo e nós vamos defender os nossos pontos de vista, respeitando a democracia, respeitando as instituições, mas sem deixar de colocar o nosso ponto de vista, sobretudo o que está em jogo no Brasil a partir de agora." Quem vai governar tem de fazê-lo de acordo com as regras do jogo. E quem vai se opor também. Fazer oposição não é sabotar o governo do adversário. Haddad não telefonou para Bolsonaro. Este já havia dito anteriormente que também não o faria se o adversário vencesse.  Convenhamos: eles não precisam se gostar. Precisam é se respeitar.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.