O GOVERNO E A FARDA 2: Gestão Bolsonaro não vai caracterizar um regime militar, mas é claro que será um governo bastante militarizado
Em uma das entrevistas que concedeu, Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, reconheceu o risco de politização das Forças Armadas em razão da eleição de Bolsonaro e da ostensiva presença de militares da reserva em sua campanha e, como se vê, no futuro governo. Mourão, que também foi eleito, e os demais convidados para o cargo rechaçam a chamada "militarização" da gestão e tentam tratar como uma espécie de coincidência ou de aleatoriedade a onipresença de ex-fardados no governo que começa no dia 1º de janeiro de 2019. Não se confunda, por óbvio, um político que chegou ao poder por intermédio das urnas — ELETRÔNICAS, CLARO! — com alguém que senta na cadeira presidencial pilotando um tanque. Assim, não vamos viver sob um regime militar, mas é evidente que estamos num governo militarizado. Ou não há civis em número suficiente no país para desempenhar tais funções? Quero crer que sim.
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