TENTAÇÃO TOTALITÁRIA 3: Há diferença entre apurar indício de irregularidade em declaração e criar uma lista de alvos: coisa de ditadura
Ocorre que isso não basta. Em maio do ano passado, embalada pelo lava-jatismo, a Receita anunciou a criação de um grupo cujo objetivo declarado era investigar cerca de 800 agentes públicos. Quais? Os donos do mundo é que iriam decidir, segundo seus próprios critérios. À época, noticiou o Estadão:
O objetivo é que, a partir dessa amostra, a "tropa de elite" de auditores consiga mapear até o fim deste mês cerca de 50 nomes – entre parlamentares, chefes de governo, juízes, procuradores e os próprios auditores fiscais, por exemplo – como alvo de novas operações por acréscimo patrimonial relacionado a crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de bens.
As barbaridades contidas no vazamento, meticulosamente pensado para tentar difamar o ministro Gilmar Mendes, deixam claro a qualidade dessa "elite". Há uma diferença entre abrir procedimentos diante de eventuais irregularidades e criar alvos predeterminados, o que é coisa das ditaduras. Um grupo assim, com esse propósito, é simplesmente inaceitável. Dito isso, avancemos.
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