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É mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha do que Joesley se dar mal vendendo e comprando gente

Reinaldo Azevedo

01/06/2017 06h15

Pois é…Tanto a dimensão dos crimes dos Batistas como a do perdão são verdadeiramente bíblicas (Foto: Reprodução)

 

No post desta madrugada em que afirmo que o brasileiro pobre é a carne mais barata que Joesley e Wesley já venderam, escrevi: "É bem provável que as ações [da JBS] subam na Bolsa."

Ora…

Leio na Folha que as ditas-cujas tiveram "forte valorização de 9%, após a controladora da empresa ter acertado acordo de leniência com o Ministério Público Federal do Distrito Federal. A alta destoou do pessimismo que contagiou o índice Ibovespa, das ações mais negociadas, que recuou 1,96%, para 62.711 pontos. No mês, a Bolsa caiu 4,1%, enquanto no ano o Ibovespa sobe 4,1%. Em 12 meses, a Bolsa se valoriza 28,1%."

É isso aí. É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um Joesley perder dinheiro cometendo crimes em penca.

Afinal, os que costumam fazer falcatruas por aí o fazem, segundo Padre Vieira, "debaixo de seu risco". O tal Joesley pegou um gravados, meteu no bolso, cometeu uma flagrante ilegalidade contra o presidente da República, mas logo descobriu um patrono poderoso: Rodrigo Janot.

Daqui a pouco, o tal acordo, que o Ministério Público quer transformar na grande conquista da sua cruzada, não será nada além de um desses gastos exóticos que alguns muitos ricos fazem de vez em quando, apenas para o seu prazer — e têm esse direito.

No caso da JBS, no entanto, tem-se bem mais do que isso.

A tramoia pode levar o país ao caos.

E os açougueiros de instituições não estão nem aí.

Ao longo dos anos, compraram e venderam pessoas em número suficiente para, se possível, abrir mão até do mercado brasileiro.

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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.


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