Há mais de 1.800 juízes federais no Brasil. Os outros mais de 1.797 deveriam ficar ofendidos com o que leem. A impressão que se têm, quando se leem certas notícias e certas opiniões, é que só três conseguem fazer justiça: além do próprio Moro, há Marcelo Bretas e Wallisney de Souza. O resto, então, seria formado por um bando de picaretas. É nessas horas que se nota a adesão absolutamente anômala, doentia mesmo, de setores da imprensa à Lava Jato. A objetividade vai para o brejo. Aí, temos militantes fazendo reportagem e opinando. E a militância é, em muitos aspectos, o polo oposto do jornalismo.

Como vimos e como sabemos, não há a menor possibilidade de uma eventual migração das ações acenar com a liberdade de Lula. Não por isso.  Quem abriu o flanco para isso, aí sim, foi Sérgio Moro quando, em embargos de declaração, deixou claro que condenou Lula, no caso do tríplex de Guarujá, sem atentar para o que dizia a denúncia. Esta dizia que a cobertura era fruto de propina de três contratos com a Petrobras. Moro deixou claro que ignorou a questão em sua sentença condenatória.