Barroso não se faz de rogado e, como era óbvio, prorroga pela 2ª vez inquérito sobre decreto dos portos; investigação já mudou de objeto
Reinaldo Azevedo
08/05/2018 07h49
Nessa frente, Temer é investigado por um ato cometido no curso do mandato. A ilegalidade está em outro lugar. Ao autorizar a quebra do sigilo bancário do presidente, ao arrepio do parecer da Procuradoria Geral da República e atendendo apenas ao pedido do delegado, Barroso determinou que a ação fosse retroativa a 2013, quando o agora presidente não estava no exercício do mandato. As duas prorrogações, cada uma de 60 dias, arrasta a investigação até o começo de julho, a três meses da eleição.
Esse é o tal "inquérito mutante". Como a investigação não encontrou evidências de benefícios à Rodrimar, que era a acusação inicial, então se aproveitou para lançar suspeitas sobre imóveis que são de propriedade do presidente.
Sobre o autor
Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.
Sobre o blog
O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.