O DIPLOMA DE BOLSONARO 2: Presidente eleito acerta ao dizer que governará para todos, mas há omissão ao ignorar a diversidade ideológica
Reinaldo Azevedo
11/12/2018 07h34
Comecemos pelo acerto. Afirmou Bolsonaro:
"A partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião."
Qualquer democrata poderia subscrever esse trecho. Mas só se chega aos 210 milhões de brasileiros se Bolsonaro ampliar a diversidade. É preciso não fazer também distinção ideológica. Ou melhor: é necessário que se façam todas as distinções — afinal, "distinguir" tem o mesmo sentido da palavra "discriminar", que quer dizer "separar", "diferenciar". Explico: é preciso que se reconheçam as diferenças justamente para que sejam toleradas e para que não se corra o risco de, sob o pretexto, então, da igualdade, ignorar a diversidade. Não há nada de complexo nesse raciocínio que um democrata genuíno não consiga alcançar.
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Sobre o autor
Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.
Sobre o blog
O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.