Uma pergunta que Bolsonaro deveria responder: se o príncipe Mohamed bin Salman comparecer à sua posse — sim, também é pouco provável —, ele fará o quê? Dirá que o dirigente não é bem-vindo em razão da ditadura vigente na Arábia Saudita? Vai apontar o dedo contra o herdeiro do trono e cobrar informações sobre as circunstâncias do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi na embaixada daquele país em Ancara? Aliás, caso Recep Erdogan, o manda-chuva da Turquia, decidisse dar as caras por aqui, o novo presidente brasileiro lembraria a marcha acelerada daquele país rumo à ditadura? E se o primeiro-ministro Viktor Orbán, o fascistoide, der as caras? O brasileiro vai cobrar respeito à pluralidade e às oposições na Hungria? Os dois já mantiveram uma animada conversa ao telefone, segundo divulgou a própria equipe do presidente eleito.
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