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Derrubem o STF 2: Quem defende ataque? Fux? Cármen? Rosa? Fachin? Barroso?

Reinaldo Azevedo

18/03/2019 07h38

Edson Fachin, Cármen Lúcia, Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux: quem, entre eles, teria a ousadia de flertar com a depredação do Supremo e ainda jogar a sua própria pedra? Vocês têm um palpite

Quem foi que disse que poderia ajudar a depredar o Supremo? Luiz Fux? Cármen Lúcia? Rosa Weber? Edson Fachin? Roberto Barroso? Quem está dando piscadelas para o ataque físico às instalações do Supremo e ainda se dispondo a se juntar aos depredadores? A propósito: a Lei de Segurança Nacional foi recepcionada pela Constituição de 1988. As ameaças ao Supremo, as que já estão em curso, incidem no Artigo 26 da referida lei, a saber:
Art. 26 – Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos
.

No caso de os valentes irem à luta e atacarem o tribunal, conforme suposta fala de um ministro, há o Artigo 27:
Art. 27 – Ofender a integridade corporal ou a saúde de qualquer das autoridades mencionadas no artigo anterior.
Pena: reclusão, de 1 a 3 anos
.

E para os que se animam a constranger autoridades em ambientes públicos porque não se conformam com o regular exercício de suas funções:
Art. 28 – Atentar contra a liberdade pessoal de qualquer das autoridades referidas no art. 26.
Pena: reclusão, de 4 a 12 anos.

A escalada tem de parar. Os ministros sob suspeita — e são cinco — que se entendam com seus pares e tenham a hombridade de defender o tribunal e as instituições. E que o Ministério Público Federal contenha, enquanto é tempo, o ânimo militante de Deltan Dallagnol e seus bravos, que passaram a tratar, sem cerimônia, como inimigos ministros do Supremo que não rezam pela sua cartilha. Não se descarta mais, como se vê, nem mesmo o ataque às instalações do STF. "Metáfora" uma ova! Aliás, ataques terroristas ou de psicopatas armados, fiquem certos, tinham na origem alguma "metáfora" de destruição.

Na mensagem enviada ao Globo, escreve Toffoli:
"A frase atribuída pelo colunista Bernardo Mello Franco a um ministro do STF, em sua coluna de hoje, inexiste. Nunca foi dita por nenhum dos 11 integrantes da corte, como atesta a presente nota. Ela inexiste não apenas pela frivolidade de seus termos, mas, principalmente, pela irresponsabilidade de seu conteúdo. Democracia não se constrói atirando-se pedras nem por meio de "offs" de terceiros irresponsáveis, interessados, certamente, em tumultuar o bom funcionamento das instituições".

O presidente do Supremo está dizendo que o colunista mentiu. Suponho que o tenha feito depois que cada um dos cinco ministros postos sob suspeição pelo jornalista lhe assegurou não ser o autor da frase. Acho pouco. Entendo o papel de Toffoli. Faz a coisa certa ao defender a instituição. Eu continuo a cobrar que cada um dos cinco, individualmente, emita uma nota, então, reiterando não ser o autor da frase.

Não creio que possa declinar desse dever, dada a gravidade do caso.

A propósito: se alguma autoridade ameaçar, em conversa com algum coleguinha, dar um tiro na cara de alguém, recomendo que não se publique caso seja um off. A imprensa não pode ser porta-voz de covardes que ameaçam as instituições, não é mesmo?

Quem foi? Fux? Cármen? Rosa? Fachin? Barroso?

É o caso de eu fazer uma enquete?

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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.


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