Os militares estão bravos com o desfecho? Estão porque entendem que o Ministério da Educação, com suas múltiplas faces, já é fonte permanente de conflitos se tiver boa gestão. Entregue a fanáticos, as coisas tendem a degringolar. E vão. Internamente, os generais apostaram que o desfecho da crise, com a demissão de Vélez Rodríguez, serviria de uma espécie de teste para saber se Bolsonaro havia se dado conta de quão delicada é a situação do país e da política. A conclusão, com a escolha de Weintraub, é esta: "Não! Ele não está percebendo que partes consideráveis do eleitorado estão se despedindo dele", afirma alguém com amplo acesso ao governo. E parece também que tem sido inútil fazer qualquer advertência.

Uma escolha que fosse, digamos, neutra para a Educação, com um nome mais técnico do que político, marcaria uma mudança de postura e também independência intelectual em relação a um "guru" cujas teses não passam pelo crivo da sanidade — refiro-me às teses: Olavo de Carvalho, parece-me, tem sido bastante esperto, não é mesmo? E não é de hoje.

Os conflitos com o núcleo militar do governo serão fatais. E os confrontos com a comunidade acadêmica são apenas questão de tempo. Nota-se que os Irmãos Weintraub — há também o irmão, Arthur — são muito pouco respeitosos com seus colegas de universidade, sentem-se perseguidos e se prepararam para uma espécie de revanche. A exemplo de Ernesto Araújo, chanceler, também veem uma grande conspiração de moinhos de vento contra a democracia brasileira — e, nesse caso, sem nenhum lirismo.
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