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Bolsonaro de olho em 2022? Explicado desprezo por reforma. Parlamentarismo!

Reinaldo Azevedo

09/04/2019 08h20

"A pressão está forte para eu me candidatar".

A frase gloriosa é de Jair Bolsonaro.

Ele se refere, por incrível que pareça, a 2022.

Quem vê, como ele viu, a popularidade despencar em três meses; quem obtém, com ele obteve, o pior desempenho de um presidente da República nesse período, em primeiro mandato, desde a redemocratização; quem perde até para Collor, que tungou a poupança, a conversa sobre reeleição parece coisa de maluco.

E é.

Pressão de quem?

Este senhor não conseguiu, até agora, nem mesmo formar uma base no Congresso para aprovar medidas essenciais. E já está pensando em reeleição?

A única coisa decorosa a dizer sobre o assunto, mesmo que indagado a respeito, é dizer que não cumpriu ainda nem 7% do mandato.

De todo modo, a patacoada faz sentido para quem ainda não desceu do palanque — no caso, palanque eletrônico.

Deve ser pressão de seu público declinante na Internet.

Que coisa!

O presidente que diz essa estupidez é aquele que envia uma proposta de reforma da Previdência ao Congresso, mas que não quer se comprometer com ela, tentando jogar o peso da mudança nas costas do Parlamento para que ele, possa, então, cuidar desde já de sua campanha à reeleição.

Os senhores congressistas poderiam fazer um bem ao Brasil: cuidar desde já de uma emenda parlamentarista que ponha um ponto final a salvadores da pátria e a estadistas de chanchada do Twitter.

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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.


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