Lula (foto) estava certo em 2013, não em 2003. E Bolsonaro, crítico severo do programa desde sempre, estava, por óbvio errado. E para qual armadilha o atual presidente pretende atrair os adversários? Para aquela mesma em que o petismo aprisionou, nesse particular, seus críticos: colar nos opositores a pecha de inimigos dos pobres, que estariam se opondo, então, ao 13º. Ora, quem há se opor a que os miseráveis ganhem esse tantinho a mais? Todos deveríamos fazer, então, as contas com o passado e com o presente, de olho no futuro. A síntese:
– Lula batizou o "Bolsa Família", mas os programas que o geraram, em escala federal, são herança de FHC;
– o petista teve o mérito de dobrar o número de famílias assistidas;
– Lula, em 2003, como Bolsonaro até outro dia, era contra programas dessa natureza; tornou-se, depois, o seu maior beneficiário político e se identificou, pessoalmente, com a medida;
– não tendo nada de relevante a mostrar, protagonista de crises políticas patéticas e com a reforma da Previdência fazendo água, Bolsonaro tenta pegar carona num programa que já chamou de "Bolsa Farelo".
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