Bolsonaro recomenda psiquiatra a quem fala em fechar o Supremo; Eduardo se desculpa. Desprezar a democracia é escolha, não doença
O próprio Eduardo Bolsonaro percebeu o alcance da barbaridade e afirmou o seguinte neste domingo: "Se fui infeliz e atingi alguém, tranquilamente peço desculpas e digo que não era a minha intenção". Ouvido a respeito, o próprio Jair Bolsonaro afirmou o seguinte: "Isso não existe. Se alguém falou em fechar o STF, precisa consultar um psiquiatra. Desconheço. Duvido. Alguém tirou de contexto". Eduardo, o que falou a sandice, repetiu o pai sobre a necessidade de um médico para defensor da tal tese. Aqui vai uma discordância essencial em defesa da psiquiatria. Esse nobilíssimo ramo da medicina cuida de pessoas que sofrem, transitória ou permanentemente, em razão de questões relacionadas a processos cognitivos ou psicológicos. A psiquiatria pode até ter alguma efetividade se alguém se mostra patologicamente antidemocrático ou liberticida. Mas não existe nem remédio nem tratamento para questões ideológicas. Quem sabe o estudo… Se Eduardo acha que bastam um soldado e um cabo para fechar o STF, ele não está doente. O único remédio que pode curá-lo não vem da medicina. Ele precisaria se converter aos valores democráticos. Não basta a alguém ser eleito de forma consagradora, como ele foi, para se tornar um democrata.
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