O QUE QUER OLAVO?-2: Santos Cruz é alvo; extremista parece pautado de longe
O alvo de Olavo de Carvalho nestes dias mais recentes tem sido Santos Cruz. Segundo Carvalho, o general "ofende de maneira brutal o nosso presidente: insinua que ele não tem maturidade para escolher sensatamente seus amigos e precisa, portanto, de um tutor, o próprio Santos Cruz". Parece conversa de gente que gosta de futrica e fofoca. Há mais: "O truque do Santos Cruz é camuflar sua mediocridade invejosa sob trejeitos de isentismo e acusar de 'extremista' quem o supera intelectualmente". Notem: sempre que o autoproclamado filósofo estiver a falar de superioridade intelectual, é muito provável que esteja se referindo a si mesmo. Para ele, o general "simplesmente não presta". Ele se vê ainda como o autor da obra que levou Bolsonaro — e os militares — ao poder: "Sem mim, Santos Cruz, você estaria (…) levando cusparadas na porta do Clube Militar e baixando a cabeça, como tantos de seus colegas de farda". E o ministro seria uma das expressões de Forças Armadas inermes, que não souberam lutar contra o comunismo e que atrapalham o povo: "As Forças Armadas jamais libertaram o país do comunismo. Libertaram-no, isto sim, das lideranças civis que o haviam libertado do comunismo. Se é verdade que 'pelos frutos os conhecereis', a força invencível da esquerda ao fim do regime militar já diz tudo." Assim, os militares seriam "bando de cagões". E, claro!, sem a sua obra, não haveria a menor possibilidade da restauração moral que ele pretende. De saída, uma evidência: Olavo de Carvalho não conhece os bastidores e os detalhes do trabalho de Santos Cruz. Parece evidente que está sendo pautado à distância.
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