O QUE QUER OLAVO?-3: Na sua fantasia, não há desastre petista e Lava Jato
Não é surpreendente no, vá lá, pensamento de Olavo de Carvalho que a história não exista. No modo como vê o mundo, foram as suas predições e maldições que moveram as peças da política. Os desastres do governo Dilma e seus reflexos na economia, que causaram o divórcio de parcelas consideráveis da população com o petismo, tiveram efeito não mais do que marginal no voto dos brasileiros. E o que dizer, então, da Lava Jato — esta, sim, o grande redutor da política, do direito, da economia, da moral, dos costumes? Casados, esses dois processos se transformaram em escolhas também eleitorais e contribuíram de modo evidente para fazer o Brasil que aí está. Olavo de Carvalho forneceu a uma parcela ínfima desse público munição retórica e teorias conspiratórias em penca? Bem, isso é inegável. Que tenha sido eixo, esteio ou inspiração dos protagonistas desse momento, bem, eis uma mistificação brutal. Digamos que, em meio à balbúrdia geral, ele tenha sempre estado presente, como um desses camelôs que vendem badulaques temáticos em shows, festas e eventos comemorativos. Considerar-se o eixo da deposição do petismo e da ascensão da direita é pura presunção.
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