REFORMA NA BERLINDA 2: Declarações de governistas só pioram quadro político
Vamos ver. Tenho indagado, desde 20 de fevereiro, quando o texto da reforma chegou ao Congresso, por que diabos os governistas, o pouco de genuínos que há por lá, têm de ficar marcando data para votar isso ou aquilo. A cada vez que estas não se cumprem, por óbvio, é a reforma que se enfraquece. Quando não, há mesmo a declaração infeliz, desastrada. Este inefável Major Vitor Hugo (GO), líder do governo na Câmara, resolveu, sabe-se lá com que propósito, afirmar que a reforma deve mesmo ficar para o segundo semestre. Eu mesmo acho que não se conclui a votação antes do fim do ano. Mas não sou governo. Ele que trate de falar com seus pares. Em vez disso, fica quase implorando sinais de que Bolsonaro o prestigia — como se isso resolvesse alguma coisa. E o próprio presidente, sugerindo que desafia a mídia, trata de incensá-lo, como se a nós, jornalistas, fizesse alguma diferença pessoal que o líder seja Major Vitor Hugo ou o J. Pinto Fernandes do poema de Drummond.
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