ÓDIO 4: Carlos volta a atacar e publica vídeo que trata Mourão como traidor

Nesta quarta, Carlos Bolsonaro postou mais um vídeo de terceiros contra Hamilton Mourão. A coisa sobe alguns tons. O locutor da peça constrangedora chama o vice de traidor. Cheio de sabedoria, diz o sujeito, com o endosso de Carlos: "Não queremos que Mourão saia porque daí teremos um vice que vai ser o Maia (Rodrigo, presidente da Câmara)". Obviamente, o fino pensador não diz de que modo Mourão poderia ser apeado do poder. A exemplo de tudo o que vem da família ou que conta com seu apoio, o narrador é grosseiro. Referindo-se ao general, afirma que ele tem de se resumir "à função de poste". E pede que "fique quieto". Aproveitou para citar duas características que, dado o contexto, considera negativas em Mourão: "Representante da maçonaria e de parte do Exército". Indagado sobre os ataques, o vice-presidente se limitou a dizer tratar-se de "página virada".

Depois do que Bolsonaro disse nesta terça por intermédio do porta-voz, Rego Barros, o Carlucho pode fazer e falar o que bem entender. Nas palavras do porta-voz: "De uma vez por todas o presidente gostaria de deixar claro o seguinte: quanto a seus filhos, em particular o Carlos, o presidente enfatiza que ele sempre estará a seu lado. O filho foi um dos grandes responsáveis pela vitória nas urnas, contra tudo e contra todos". E mais: "É sangue do meu sangue". Se é assim, ponto final. E, como vemos, Carlucho faz e fala o que lhe dá na telha.

Nota: por incrível que pareça, há uma sugestão homofóbica até no vídeo que ataca o general. A imagem que abre a peça é a do vice sendo maquiado para conceder uma entrevista, procedimento corriqueiro. O autor da diatribe diz que Mourão parece "Cauby Peixoto". Por que essa gente é tão obcecada pelo assunto? Bem, aí é preciso o concurso de especialistas em comportamento. Sei o que todos sabem sobre homofóbicos no geral, já constatado pelos profissionais da área em consultórios: é gente que mora no armário junto com o seu ódio. 
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