Moraes parece mesmo ter escolhido a turma do “punitivismo”, embora tenha chegado ao STF numa aposta dos “garantistas” da nossa Carta
Alexandre de Moraes escolheu, já não há por que duvidar a esta altura, o caminho do punitivismo. Foi indicado sob os auspícios, vamos dizer, do garantismo — que não quer dizer "garantia de impunidade", mas garantia de cumprimento da ordem legal. Papel de juiz não é usar a toga para fazer, em lugar da sociedade, o que esta supostamente deixou de fazer. Parece-me que, assim como a trinca de radicais indicada por Dilma — Edson Fachin, Roberto Barroso e Luiz Fux — busca se livrar da sombra do petismo, Moraes tenta evidenciar que nada deve ao PMDB, a Michel Temer, a quem quer que hoje seja alvo de ações tanto legais como ilegais. Não é porque foi secretário de Segurança Pública que tem de se ligar ao "Partido da Polícia". Mas virou uma lustrosa expressão da turma.
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