O GOLPE DE MORO 2: soberano do país proíbe o compartilhamento de provas com órgãos do Estado e os impede (?) de cumprir sua função
Membros do Superior Tribunal de Justiça e do STF estão perplexos. Não menos os órgãos de que dispõe o Estado brasileiro para proceder a nossa já pobre transparência, como a AGU (Advocacia-Geral da União), a CGU (Controladoria-Geral da União), o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o Banco Central, a Receita Federal e o TCU (Tribunal de Contas da União). E por quê? Em despacho inicialmente sigiloso — sigilo depois derrubado por ele mesmo —, o doutor decidiu proibir o uso por esses órgãos de provas obtidas pela Lava Jato. Alterou decisões que ele mesmo havia tomado, permitindo que os demais entes do Estado possam recorrer, então, às evidências de malfeitos para cobrar reparação na área administrativa. Não parou por aí: ele se declarou também o comandante-em-chefe de todos esses órgãos: todos os procedimentos iniciados por entes do Estado brasileiro, segundo Moro, estão congelados e dependem agora de sua autorização. Moro é agora o topo da cadeia do mundo animal, vegetal e mineral. E, como sabemos, também é "o" guia espiritual da sociedade. Os Césares, deixam claro a literatura e a história, não acreditavam na própria santidade. Muitos deles experimentavam a sua pobre humanidade morrendo de modo sórdido. Moro não duvida de que sua morada é o Olimpo.
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