PAPO DE ÍNDIO 1: Moro, aquele que não é tolo, não quer a Funai sob seu guarda-chuva; sabe que o tema rende desgaste mundo afora
Para onde vai a Funai, a Fundação Nacional do Índio, hoje subordinada ao Ministério da Justiça, que terá Sérgio Moro como titular? Essa é uma das dores de cabeça que Jair Bolsonaro pode ter à frente da Presidência da República. Ele já prometeu de modo solene que, no seu governo, não haverá novas demarcações. Também expressou mais de uma vez, de maneira genérica, que, a seu juízo, os índios devem ter, como nós, o direito de desenvolver atividades econômicas. Não fica exatamente claro o que pretende. Uma coisa é certa: também Moro não gostaria de ter a Funai sob o seu guarda-chuva. Como já disse o juiz sobre si mesmo, ele não é tolo e sabe que o assunto rende, vamos dizer, repercussão mundial. Alguém se construiu como paladino da Justiça ser visto, eventualmente, como leniente com eventuais agressões ao que a Constituição estabelece como direitos dos povos indígenas é algo que não combina muito com a sua biografia. E aí as coisas se complicam.
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