O Senado sempre foi a casa da moderação; estará mais fragmentado do que nunca; não estarão presentes alguns resolvedores de crise
Reinaldo Azevedo
09/10/2018 07h39
E, ora, ora, lá vou eu desagradar a turma que confunde "novo" com "novidade". Hábeis negociadores deixam a Casa — e a turma que diz querer a "nova política" vai dar "vivas!" até a primeira crise para valer. Estão fora Eunício Oliveira (MDB-CE), hoje presidente da Casa; Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), vice-presidente; Romero Jucá (MDB-RR), o mais hábil deles todos; Valdir Raupp (MDB-RO) e Jorge Viana (PT-AC). Até o bolsonarista de raiz Magno Malta (PR-ES) foi banido pelo eleitor. Se Bolsonaro ganhar, deve ir para o governo. Mas no Senado não está.
Renan Calheiros (MDB-AL) estará lá mais uma vez. É do MDB. Aliás, é da tradição das duas Casas que o maior partido faça o presidente. Ninguém imagina que a Câmara vá botar um petista no comando, a menos que Haddad se eleja. E olhe lá. Renan é candidato natural a presidir o Senado, mas ele pode começar a contar, desde já, com vários caminhões de pedra do meio do caminho.
Continua aqui
Sobre o autor
Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.
Sobre o blog
O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.